Após eleição, indígenas Yanomami ficam acampados em Barcelos sem combustível para retornar
Por Letícia Gama, Assessoria de Comunicação da Secoya
Na manhã desta terça-feira (18/10), a Associação de Assessoria aos Povos da Floresta (Aflora) protocolou junto ao Ministério Público Federal as queixas da população de lideranças indígenas Yanomami dos rios Demeni, Padauiri e Aracá.
As denúncias estão relacionadas a cerca de 400 indígenas Yanomami, entre mulheres e crianças, que desceram até o município de Barcelos para a votação no primeiro turno das eleições gerais brasileiras de 2022, porém em virtude da falta de combustível, ficaram impossibilitados de retornar para suas respectivas aldeias.
Grande parte dos indígenas se encontram desde o dia 27 de novembro em Barcelos, acampados em área de mata ou no entorno da Funai do município, onde muitos estão sem acesso a abrigo, alimentação ou qualquer assistência por parte das autoridades municipais e estaduais.
A principal reclamação desses indígenas é a não instalação de seções eleitorais nas aldeias, uma vez que essa situação de descaso também ocorreu durante as eleições municipais de 2020.
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