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Crianças yanomami são sugadas por draga de garimpo, diz associação

Publicado em Oul | Ricardo Brito, Maria Carolina Marcello e Anthony Boadle da Reuters, em Brasília


Cratera aberta pelo garimpo na região do rio Uraricoera, dentro da Terra Indígena Yanomami

Imagem: Divulgação/ISA


A Hutukara Associação Yanomami disse nesta quinta-feira que duas crianças da comunidade Makuxi Yano, na Terra Indígena Yanomami, morreram após se afogarem em um rio da localidade na terça-feira, no que teria sido um acidente com um maquinário usado para realizar garimpo ilegal.


Segundo a entidade, as crianças foram sugadas e cuspidas por uma draga para o meio do rio, que tem fortes correntezas. Uma das crianças, de 5 anos, foi localizada sem vida no final da manhã de quarta-feira pela própria comunidade. A outra, de 7 anos, segue desaparecida.


A entidade disse que o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-Y) acionou a Fundação Nacional do Índio (Funai) e outras autoridades em busca de providências no caso.


"A morte das duas crianças yanomamis é mais um triste resultado da presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, que segue invadida por mais de 20 mil garimpeiros", lamentou a Hutukara, na nota.

Procurados, a Funai (Fundação Nacional do Índia), a Polícia Federal e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos não responderam de imediato a pedidos de comentário.


Sem mencionar a draga, o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima informou que "mergulhadores estão no local realizando as buscas desde as primeiras horas desta quinta-feira”.


Uma fonte do governo de Roraima, que pediu para não ser identificada, disse que era preciso aguardar uma investigação para se checar o relato dos indígenas de que o afogamento estava relacionado com a draga do garimpo ilegal.

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