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Empresário defensor de garimpo é investigado pela Polícia Federal por exploração na Terra Yanomami

Rodrigo Martins de Mello, de 46 anos, o Rodrigo Cataratas, é suspeito de comandar grupo criminoso suspeito de dar apoio logístico ao garimpo, exploração e venda de minérios, além de ter envolvimento com tentativa de incêndio a helicóptero do Ibama. Ele nega envolvimento, fala em perseguição e diz que em momento oportuno apresentará defesa.


Por Rede Amazônica e g1 RR — Boa Vista

Empresário defensor de garimpo é investigado pela Polícia Federal por exploração na Terra Yanomami
Crédito: Reprodução/Rede Amazônica

O empresário Rodrigo Martins de Mello, de 46 anos, é investigado pela Polícia Federal por suspeita de dar apoio à exploração ilegal de minérios, principalmente ouro e cassiterita, na Terra Indígena Yanomami. Rodrigo Cataratas, como é conhecido em Boa Vista, é atualmente um um dos maiores defensores do garimpo no estado e lidera um movimento pró-garimpo em Roraima. Ele nega as acusações da PF e diz estar sendo alvo de perseguição.


Rodrigo Cataratas, segundo a PF, comanda uma organização criminosa investigada por extração e comercialização de minérios, além de ocultação dos lucros obtidos com a venda do material. A investigação indica que os suspeitos enviam dinheiro para o exterior com uso de falsa identidade ou por meio de operação de câmbio não autorizada.


Em dois anos, as empresas Cataratas Poços Artesianos e Tarp Táxi Aéreo, ambas de Rodrigo Mello, movimentaram cerca de R$ 200 milhões com atividades ilegais resultantes de exploração da Terra Yanomami.

"As investigações indicam que esse grupo atue na Terra Yanomami extraindo minério há mais de dois anos. Por meio das análises realizadas até o momento, somente nos anos de 2020 e 2021 a Polícia Federal levantou a informação de que esse grupo teria movimentado mais de R$ 200 milhões", explica o delegado da PF, Celso Paiva, responsável pela investigação contra Rodrigo e pessoas ligadas a ele.


Filiado ao PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro, Rodrigo Cataratas se apresenta no estado como representante do "Movimento Garimpo é Legal", é pré-candidato deputado federal e está à frente de inúmeras manifestações em defesa do garimpo.


Em entrevista à Rede Amazônica, ele negou ter envolvimento com exploração ilegal na reserva indígena. "Negativo, não tenho [envolvimento com a atividade criminosa]", disse, ao ser questionado.


"São muitas narrativas, a de outubro fez uma menção de R$ 400 milhões, agora diminuiu [...]. Então, fica muita informação fantasiosa, mas, que oportunamente a gente vai responder. Todas [as operações das empresas] são lícitas", se defende o empresário, sobre a investigação da PF, acrescentando que "com toda clareza" tem sido acusado "injustamente".


Além disso, o empresário também é suspeito de mandar incendiar um helicóptero do Ibama utilizado na repressão de crimes ambientais. A aeronave estava no pátio da PF quando houve a tentativa.


"Os órgãos federais estão fazendo investigações, a gente teve vários abusos de autoridades por parte desses órgãos federais e a gente está se defendendo e, vamos dizer assim, oportunamente, iremos apresentar nossa defesa. Não tenho nenhum envolvimento com isso", diz o empresário.


Em outubro do ano passado, a PF deflagrou a primeira operação, a Urihi Wapopë, contra o empresário e grupo suspeito de ser comandado por ele. Na ocasião, foram apreendias aeronaves na sede da empresa Cataratas. Depois, houveram desdobramentos e outros investigados também foram alvos nas operações Mão de Ouro e na segunda fase da Urihi Wapopë.

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